Diretor do restaurante explica os motivos e fala sobre uma possível ampliação do espaço
O Restaurante Universitário (Resun) teve sua data de reabertura novamente, adiada. Fechado desde 23 de março devido a reformas para comportar a produção das refeições no próprio restaurante, deveria retornar suas atividades na próxima segunda-feira, 29, segundo nota divulgada no Portal UFS. Porém, uma nova nota, publicada nesta quinta (25), afirma que o funcionamento só retornará na terceira semana de agosto, com possibilidade de antecipação.
Na nota, a UFS destaca que, além dos testes operacionais dos equipamentos do Resun - que há muito tempo estão guardados e sem uso - um fator de grande influência para a mudança de data de retorno é a necessidade de autorizações, as quais não dependem exclusivamente da universidade. Segundo professor Airto Batista, diretor do Resun, a empresa contratada precisa solicitar algumas licenças para que o funcionamento seja liberado, mas não possuem garantia de quando irão recebê-las. Sem licenças como da vigilância sanitária, o Resun não pode ser reaberto. A medida de adiar a reabertura do restaurante foi tomada para garantir a segurança, tanto os funcionários quanto dos alunos, uma vez que o local ainda precisava de alguns ajustes finais.
O diretor do Resun já havia informado que a possibilidade do restaurante não reabrir na próxima segunda era real. “O restaurante está em vias de ser reaberto, essa é a realidade. A data lançada em nota foi para colocar uma pressão em cima da empresa contratada para que as coisas comecem a acontecer”, explica.
A paralisação do restaurante durou mais tempo que o esperado por conta de detalhes no processo de contratação da nova empresa, como por exemplo alterações no edital. Em fevereiro, antes do encerramento das atividades do Resun, o edital foi lançado, no entanto, as empresas interessadas afirmavam haver exigências demais por parte da universidade. Por isso, o edital foi editado e republicado, pelo menos duas vezes. Além disso, a empresa selecionada só precisaria apresentar os documentos exigidos após ser selecionada. Esse foi outro motivo para atrasar a contratação, pois apenas a quarta empresa cumpriu com os requisitos e foi devidamente contratada.
Benefícios da paralisação
Airto ainda falou sobre as vantagens de utilizar plenamente o espaço do Resun para a produção dos alimentos em termos de horário de funcionamento. “A gente pode abrir mais cedo, acabar com as filas. A empresa que fornecia antes só mandava o caminhão pra cá 10h30, 11h. Marcamos para abrir [o resun] 11h45, mas raramente eu abria, quando eu abria 11h45 eu sentia que realmente a fila não crescia, mas sempre atrasava”, conta o diretor.
Como já havia sido publicada pelo Portal Contexto, a transferência da produção das refeições para o local torna o Resun um restaurante completo e ainda promove um espaço para estágios dentro da universidade, porém essa mudança ainda trouxe mais um benefício: a diminuição dos gastos.
“O dinheiro que é enviado para o Resun provém do Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) do Governo Federal, esse programa não é só para o restaurante, é para toda assistência. Isso inclui os restaurante (de São Cristóvão e Lagarto) e as bolsas de apoio aos estudantes de graduação, livros para biblioteca, uma série de coisas depende desse dinheiro, que é um só. Então, na hora que o restaurante economiza em seus gastos sobra para ser distribuído nessas outras áreas”, diz o professor.
Ampliação do Resun
Questionado sobre uma possível ampliação de refeitório do restaurante, o diretor não negou a possibilidade. “Não tá fora do nosso horizonte, uma ideia nossa seria ampliar na parte de cima do hall, seria praticamente a quantidade que tem embaixo e não seria tão caro. Isso está em nossos projetos, fazer essa ampliação e climatização”.
Produção da disciplina Laboratório de Jornalismo Integrado I - 2019.1 Repórter - Camila Gerônimo Orientação - Professores: Josenildo Guerra, Cristian Góes e Eduardo Leite