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Projeto sergipano Pint of Physics prova que é possível discutir ciência em bar

Atualizado: 21 de ago. de 2019

Em sua segunda edição, evento ocorreu no bar Didática VIII e abordou o tema radiação

Evento Pint of Physiscs, realizado no bar Didática VIII, abordou como a radiação está presente no cotidiano. (Francielle Nonato)

Entre goles de cerveja, petiscos e novas amizades, o bar Didática VIII sediou a segunda edição do Pint of Physics, evento dedicado a divulgar a ciência, e especialmente a Física, em um ambiente informal e descontraído. “Radiação e o medo do invisível” foi o tema abordado, na última quarta, 14, pela especialista em tecnologia nuclear e professora do curso de Física Médica da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Ana Maia.

Inspirado no Festival Pint of Science, criado na Inglaterra em 2013 e atualmente espalhado por 24 países, a versão sergipana é organizada por oito mulheres estudantes do Departamento de Física (DFI) da UFS. Segundo a integrante do projeto e estudante de Física Bacharelado, Thaynara Santos, é importante sair do meio acadêmico e mostrar para as pessoas que a física vai além de apenas resolver contas. “Tornar a física cada vez mais acessível, compartilhar a ideia de que não é coisa de outro mundo, e que todo mundo tem capacidade de aprender em qualquer lugar”, afirma.

Idealizadoras do projeto. ( Francielle Nonato)

A Ciência nem sempre está conectada a momentos divertidos, muito menos relacionada a conversas de buteco, mas o bar Didática VIII, localizado em frente a UFS, estava lotado. Quem não encontrou lugar para se acomodar, procurou degustar do lado de fora doses moderadas de física. E até conseguiu entender que não faz mal comer chocolate guardado em uma sala de radioterapia, porque ele não absorve radiação.


“Se a ciência não for para a vida e para a sociedade, como um todo, ela não serve para nada”, afirma a professora Ana Maia. Para ela, muita gente tem uma certa aversão às exatas, consequência do distanciamento da academia em relação à sociedade, mas vê a oportunidade para levar adiante os conhecimentos científicos. “Ainda mais nesse momento em que é muito importante discutir sobre ciência”, destaca.


Professora Ana maria discute radiação. ( Francielle Nonato)

Para a professora, compartilhar o conhecimento sobre o processo físico de emissão e propagação de energia por meio de partículas ou ondas eletromagnéticas em movimento é falar sobre radiação. Discutir esse fenômeno de maneira leve e descontraída, explica Ana, é também melhorar a vida e trocar conhecimento de forma útil. A professora discorreu sobre efeitos biológicos da radiação e comentou episódios históricos marcados pelas bombas atômicas. Além de alertar para as energias capazes de causar danos ao DNA.


Para Rosângela Silva, estudante de Farmácia da UFS, a proposta de deixar a ciência mais próxima da população, através de palestras informais é interessante. “Ver a ciência de perto e conhecer o que se discute na universidade é o primeiro passo para valorizá-la. O evento é uma sementinha da sua popularização”. Apaixonada pela área científica, ela criou o seu projeto Petit Science, que também busca propagar a ciência e cientistas para o mundo.


 

Produção da disciplina Laboratório de Jornalismo Integrado I - 2019.1

Repórter - Francielle Nonato

Orientação - Professores: Josenildo Guerra, Cristian Góis e Eduardo Leite

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