Banda fará shows em Piracibaca, São Paulo, Sorocaba e Rio de Janeiro
Com um estilo próprio e irreverente, a banda sergipana de rock instrumental Taco de Golfe tem feito grande sucesso no cenário local e nacional. Formada por Filipe Williams no baixo, Alexandre Damasceno na bateria, e Gabriel Galvão na guitarra, a banda surgiu em 2017 com um EP intitulado Cato, e em 2018 lançou seu primeiro álbum, Folge, que teve grande repercussão. O grupo já tocou no Festival de Artes de São Cristóvão (FASC) em novembro de 2018, e em janeiro de 2019 realizou uma mini turnê nas cidades de Salvador e Recife.
Em abril desse ano lançou seu segundo EP, “Erro e Volto”, gravado pelo trio e mixado e masterizado pelo produtor Anderson Kabula. O novo projeto conta com uma gravação ao vivo, “era necessário que o público visse eles tocando, não é só um som de texturas e timbres, é também algo virtuoso, eles tocam muito mesmo, é interessante para o público ver porque eles ficam impressionados”, explica Matheus Reckziegel, produtor da banda.
Participação no Formemus e início da turnê
O grupo sergipano participou da segunda edição do Formemus, maior encontro do mercado da música nacional. O evento ocorreu entre os dias 30 de maio e 2 de junho, no centro de Vitória, Espírito Santo, e contou com uma programação de palestras, exposições audiovisuais, e showcases, apresentações musicais de bandas selecionadas previamente por edital. Ao todo foram 271 inscrições, de músicos de todo território nacional, e também internacional, como Argentina, Venezuela, Chile, Equador e México.
A participação no evento marca, além do lançamento do novo EP da banda, a turnê que leva o mesmo nome, “Erro e Volto”. O grupo se apresentou em Vitória no dia 31 de maio, e já tem agenda para os próximos dias.
31/05 – Formemus // Vitória-ES
06/06 – Casarão // Piracicaba-SP
08/06 – Estúdio Fiaca // São Paulo-SP
09/06 – Solana Records // Sorocaba-SP
11/06 – Audio Rebel // Rio de Janeiro-RJ
Confira ao vivo do EP "Erro e Volto"
Show marcado por imprevistos
Antes de partir em direção ao sudeste do país, a banda Taco de Golfe organizou um show em Aracaju, no dia 25 de maio, na Blend Burger do Parque dos Cajueiros. O evento daria início oficialmente a turnê Erro e Volto e visava arrecadar fundos para custear os gastos com a viagem. Mas o que deveria ser uma noite de diversão e despedida se transformou em uma grande dor de cabeça.
Ao chegar no local do evento para montagem dos equipamentos, o produtor da banda, Matheus Reckziegel, foi surpreendido por uma abordagem policial, informando que o evento não poderia ser realizado, pois o estabelecimento havia sido denunciado. A queixa foi realizada por uma outra casa comercial do parque que alegava a potência utilizada pelo som invadia os outros restaurantes e incomodava os clientes. “A gente não teve como fazer nada, pois se levássemos o show adiante a polícia ia pegar o som, além do Blend levar alguma multa”, conta o produtor.
Insatisfeitos com o evento que não aconteceu no sábado, os meninos da banda decidiram colocar o som na rua e fazer o evento acontecer de alguma forma. De última hora montaram um show no fim da tarde de domingo, dia 26, na Orla de Atalaia. Com uma divulgação pelas redes sociais, o trio conseguiu mobilizar dezenas de pessoas que ocuparam a Cinelândia como um ato de incentivo ao grupo e de resistência pela cena cultural aracajuana.
Durante a montagem de equipamentos, a polícia mais uma vez se fez presente. Dessa vez a denúncia era de que eles estariam fazendo um “gato” de energia para ligar os aparelhos de som, mas logo foi constatado que estava sendo utilizada uma tomada da própria Cinelândia. Minutos antes de começar o show, a banda foi abordada por uma outra viatura. “Dessa vez já foi outro papo”, conta Matheus. “O policial disse que aconselhava a não ligar o som, pois se houvesse outra denúncia, ia chegar e levar os equipamentos. E não ia ter conversa! Aí eu falei: Vou correr o risco!”.
A banda começou a tocar e o público do local formou uma grande roda ao entorno do trio como uma forma de ovacionar e garantir proteção aos mesmos. Sempre que uma viatura policial era avistada, eles interrompiam o som, escondiam alguns aparelhos, e logo depois retomavam. E foi nesse ritmo que o show aconteceu, o público colaborou com o cachê e desejou vida longa para Taco de Golfe.
Produção da disciplina Laboratório de Jornalismo Integrado I - 2019.1
Repórter - Beatrize Oliveira
Orientação - Professores: Josenildo Guerra, Cristian Góis e Eduardo Leite
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