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Robson Fraga: “Não me considero o maior surfista [do estado], me considero o maior competidor”

Atualizado: 8 de nov. de 2021

Surfista sergipano concedeu entrevista ao Contexto e contou sobre sua trajetória como um dos únicos da modalidade a representar Sergipe nacionalmente


Arquivo pessoal: Robson Fraga esteve por oito anos no Top 8 da elite brasileira do surfe.


O surfe estreou recentemente como esporte olímpico e, logo na primeira edição, o Brasil conseguiu colocar um atleta no ponto mais alto do pódio: Ítalo Ferreira derrotou o japonês Kanoa Igarashi e trouxe a medalha de ouro para solo brasileiro. No último dia 14, Gabriel Medina bateu outro brasileiro, o paulistano Filipe Toledo, e se tornou tricampeão da Liga Mundial de Surfe (WSL).

Estes exemplos têm demonstrado a força do surfe no país, expandindo ainda mais o número de adeptos pelo território nacional. Sergipe, por sua vez, possui uma representação que figurou por oito anos no Top 8 da elite brasileira do surfe, sendo o único atleta do estado a competir em torneios nacionais e internacionais. Robson Fraga é Pentacampeão Brasileiro Amador, Bicampeão Nordestino e possui 15 conquistas em território sergipano, 11 títulos baianos e 6 alagoanos.

O Contexto entrevistou o surfista sergipano para traçar o começo da sua trajetória no esporte, as suas expectativas quanto à introdução do surfe no calendário olímpico e entender quais foram os maiores impactos da pandemia na prática da modalidade no estado e no país.


Equipe Contexto (EC): Quando e como surgiu o seu interesse pelo surfe? Quais foram as suas influências para começar no esporte?

Robson Fraga (RF): Meu interesse pelo surfe começou cedo. Meus pais sempre foram adeptos a irem nos finais de semana à praia. Meu pai participava do futebol todos os domingos e com isso fazia com que toda família fosse para a praia aos finais de semana. Acho que a minha primeira visão do surfe, vendo as pessoas passando com a prancha, foi aos seis ou sete anos e aquilo me deixou fascinado. Quando vi aqueles caras passando correndo com a prancha embaixo do braço e entrando no mar, eu fiquei impressionado na beira da praia só olhando, querendo fazer aquilo também e desde então, eu comecei a pedir aos meus pais que me dessem uma prancha. Só que essa prancha demorou um pouquinho para vir. Eu lembro que meu primo já tinha um bodyboarding e ele levava aos domingos e eu ficava alternando com ele. Até que eu ganhei um, mas assim, aquilo não era a minha diversão. Eu queria uma prancha de surfe, eu queria ficar em pé e deslizar pelas ondas. Continuei martelando a cabeça dos meus pais, só que demorou bastante. A minha primeira prancha eu ganhei aos 15 para 16 anos, por influência de Ubiraci Aragão, que foi uns pioneiros do esporte. Ele trabalhava com minha mãe na época e a convenceu a comprar a minha primeira prancha. Só que essa prancha, também tem uma história: ela ficava trancada [na Praia] Abaís, a gente tinha uma casa de praia e nos finais de semana que a gente ia [visitar], eu surfava. Então, eu vim começar mesmo a surfar aos 16 anos.


EC: Quais foram as maiores dificuldades que você encontrou para seguir praticando o surfe?


RF: A minha principal dificuldade foi fazer com que os meus pais comprassem a primeira prancha. Acho que foi a dificuldade maior. Tanto que se a gente for comparar, eu comecei a surfar com 16, Gabriel Medina já estava no mundial com 17. Então, eu comecei a surfar bastante velho. Convencer meus pais a comprarem a minha primeira prancha, convencer eles a deixarem eu surfar, essa foi a minha maior dificuldade. O surfe sempre foi um esporte com esse preconceito, né? E para quebrar esse preconceito foi bastante difícil, fazer com que meus pais deixassem eu participar, começar a surfar. Eu lembro que a minha segunda prancha, eu comprei escondida deles e deixava na casa de um amigo meu. E com isso, aos domingos eu ia [à praia] com eles e aos sábados eu ia com esse meu amigo. A casa dele era em frente a um ponto de ônibus e eu ia escondido, até que meus pais descobriram e começaram a liberar. Acho que a minha maior dificuldade foi essa mesmo: convencer meus pais que [o surfe] era um esporte como outro qualquer e que, [com] a pessoa tendo integridade e cabeça no lugar, não ia se misturar [com más influências] e ia conseguir desenvolver o esporte.


EC: Além do surfe, existe algum esporte que você pratica ou teria interesse em praticar caso tivesse a oportunidade? Qual?


RF: Eu sempre pratiquei esporte, sempre tive gosto por vários tipos de esporte. Só que no surfe, eu me apaixonei e entrei de cabeça, então nos outros esportes, eu entrava e acabava praticando um pouquinho e saindo. Pratiquei basquete, handebol, vôlei, boxe, skate, mas todos eu não levei a sério. O surfe foi o que eu me apaixonei mesmo e entrei de cabeça. Foi uma das coisas também que me fez fazer o meu curso. Eu sou formado e pós-graduado em Educação Física. Hoje em dia tenho uma academia com o meu irmão, a F5 Fitness e faço esse trabalho de treinamento físico para pessoas.


EC: Você é chamado de “Siri” pelas pessoas da cena do surfe. Qual a origem desse apelido?


RF: Meu apelido “Siri”… Esse apelido veio antes do surfe. Como eu falei acima, meus pais tinham uma casa de praia no Abaís e meus familiares se reuniam em feriados prolongados, alguns finais de semana. E sempre que se reunia, a gente ia pegar siri de manhã cedo. Todo mundo saía com o seu baldinho, com o seu jereré e ia pegar siri na beira da praia. E na volta, sempre no final de tarde, tinha uma rede de vôlei do lado da minha casa e como eu era o primo mais novo, eles nunca me escolhiam. Ficavam mandando: “ah, você vai pegar siri”, “vai pegar siri”, “vai lá pegar siri”. E aí ficou o menino que vai pegar siri, ficou Siri. Então é um apelido... assim, geralmente apelido que fica é o que a gente não gosta. No começo eu não gostei. Hoje em dia, virei adepto e o Brasil todo me conhece como Siri.


EC: Na pandemia, muitos campeonatos foram adiados e cancelados. Além disso, a prática do surfe, bem como a visitação às praias foram suspensas. Como você se adaptou para manter a forma nesse período longe da água? Quais foram as maiores dificuldades enfrentadas nesse momento?


RF: A pandemia foi terrível para todas as áreas e o esporte não ficou de fora, também foi bastante afetado. E foi bem difícil a pandemia. Como eu falei antes, eu sou personal [trainer], trabalho com atividade física, então eu passei a dar videoaulas para os meus alunos e com essas videoaulas, eu acabava treinando também. Fazia alguns treinos específicos voltados para os grandes músculos utilizados no surfe para me manter em dia, e quando liberou as praias, eu voltei correndo para dentro d’água para executar esse esporte tão amado por mim.


EC: Você perdeu algum patrocínio durante esse período pandêmico?


RF: A pandemia foi terrível para a economia brasileira. Conheço várias empresas que cancelaram seus patrocínios para seus atletas e vários atletas ficaram sem ter seu subsídio para viajar, para se preparar para as competições. Eu fiquei sem os meus patrocínios. Todos os patrocínios que me davam salário acabaram terminando meu contrato no começo da pandemia e com isso eu fiquei sem verba. Eu continuo com o patrocínio das pranchas, que é do Marcelo Carbone, lá de São Paulo, e os Óculos SPY, que me dão acessórios, me manda os óculos de sol, é uma empresa também de São Paulo. Mas os patrocínios que me davam salário fixo, acabaram encerrando com a pandemia e nessa volta das competições, eu estou em busca de novos parceiros.


EC: Durante a sua carreira, você recebeu algum tipo de apoio governamental, do município ou do estado? Você acredita que a existência de um auxílio do tipo poderia ter te ajudado a se manter em melhor forma?


RF: Aracaju já teve o Bolsa Atleta, através da Secretaria Municipal de Esporte. Foram alguns anos, não me lembro quantos foram ao certo, mas eu recebi em todos os anos [de duração do programa] até que esse programa foi cessado pelo governo. Também recebi patrocínios de passagens aéreas da Secretaria Estadual de Esporte. Uma ideia que eu poderia passar é que eles [governo] poderiam fortalecer. Todos esses atletas que disputam e representam o nosso estado poderiam receber um apoio através de Edvaldo [Nogueira] e Belivaldo [Chagas], para eles fortalecerem esses atletas que já têm renome e representam também o nosso estado.


EC: Você está dando aula de surfe atualmente. Há quanto tempo você realiza essa ação? Por que você começou a dar aulas?


RF: Eu trabalho com aula de surfe desde 2004. Eu me formei em 2004 e vi que todos os estados tinham aula de surfe. Eu fui participar de uma competição no Rio de Janeiro e vi que tinha várias escolas de surfe. Então, como eu já tinha essa bagagem adquirida ao decorrer da minha graduação, eu quis botar em prática aqui em Aracaju e comecei a ministrar aulas de surfe. E pessoas foram chegando e perguntando, já que eu era um atleta com alguns títulos e comecei a ministrar. As aulas continuam na semana pelas manhãs, e nos finais de semana, a depender do aluno, sempre são aulas personalizadas. E tem as aulas em grupos também, grupo de no máximo cinco pessoas. Eu faço dois trabalhos: o de iniciação, fazer com que aquela pessoa, do zero, comece a surfar, como também faço trabalho de técnico com pessoas que já surfam. Eu faço essa preparação para eles melhorarem suas performances tanto dentro d’água como a preparação física, na técnica e nas manobras. Eu faço todos esses dois trabalhos. É um prazer imenso estar ensinando as pessoas a surfar, esse esporte mágico que é o surfe. E o surfe, eu posso dizer que é o melhor esporte porque uma onda nunca é igual a outra. Além de você estar fazendo uma atividade física, movimentando o corpo, você está tendo o prazer em estar deslizando sobre as ondas.


EC: Qual a maior diferença entre dar aulas e praticar?


RF: Todos os dois são bastante difíceis, tanto praticar como dar aula porque você precisa saber o que está errando para consertar esse movimento e fazer com que esse erro se torne acerto ou senão que minimize esse tipo de erro. Então é bastante difícil. Para dar aula, é um pouquinho mais, porque tem pessoas que têm um desenvolvimento maior, então você tem que passar uma orientação onde o aluno absorva e consiga acertar e desenvolver o esporte. O atleta não é diferente disso, ele tem que saber o que está errando… Por isso que a gente tem um trabalho agora com filmakers, que são as pessoas que filmam, para analisar o movimento, destrinchar qual foi o erro… é um material bastante importante. Então, com a pessoa fazendo aula, ela ganha muito tempo, [enquanto] a pessoa indo sozinha, perde muito tempo. Porque daqui que ele descubra o que está errando, que a prancha e o material que ele está utilizando podem estar errados para ele, atrasa o desenvolvimento. Então, a aula é benéfica em relação a isso. Mas comparando, os dois são muito difíceis porque você precisa saber minimizar os erros.


EC: Até recentemente você esteve no top 8 dos melhores surfistas do Brasil. Como está o processo para voltar a essa elite?


RF: Em 2012, lembro que eu tinha ingressado no Bolsa Atleta municipal, com isso eu tinha uma verba e comecei a ‘correr’ na categoria principal, que é a primeira divisão de esporte. E nesse primeiro ano, eu me classifiquei, ficando em oitavo e com isso, fazendo parte da primeira divisão de esporte, na qual eu saí ano passado. Em 2020 foi uma etapa única no Ceará, na Praia de Jericoacoara, e eu não consegui ter êxito na categoria profissional e, com isso, eu saí da elite. De 2012 a 2020, eu permaneci na primeira divisão de esporte. Neste ano, a primeira etapa do [campeonato] brasileiro vai acontecer em Recife, [entre] o final de outubro e início de novembro, na Praia do Paiva, e eu pretendo ter um bom resultado lá e, com isso, começar a minha volta à primeira divisão.


EC: Quais campeonatos você pretende disputar neste fim de ano e em 2022?


RF: Eu participo de vários circuitos. Esse ano, eu já participei do [Circuito] Nordestino, onde eu estou em segundo na categoria Master e em quarto na categoria Profissional. Vou participar das etapas do [campeonato] baiano, onde eu já participei da primeira e vão ter mais três. Na primeira etapa, eu ganhei tanto a Profissional quanto a Master. O [Campeonato] Brasileiro terá três etapas esse ano, a primeira delas em Recife. Como eu falei na pergunta acima, vai ser de 28 de outubro a 2 de novembro. Logo depois tem [etapa] no Rio de Janeiro, 21 e 22 de novembro, e depois vem a última etapa que vai ser no Ceará, na Praia de Jericoacoara, de 9 a 13 de dezembro. Eu vou participar desses circuitos. E participei também de um festival que teve na [Praia de] Pipa, que foi o Pé no Bico, onde eu me saí em segundo lugar na categoria Master.


EC: Como você enxerga a cena sergipana do surfe? Existem talentos promissores? Como são as estruturas para desenvolver a prática no estado?


RF: Aracaju já teve o seu glamour no esporte, acho que antes de eu começar até a gestão de 2010. Aracaju teve vários eventos, onde vinham vários atletas de outros estados e com isso fortalecia nossa cena, nosso cenário, porque os atletas procuravam treinar e melhorar quando vinham as pessoas de fora e, com isso, fazia esse intercâmbio, fortalecendo nossos atletas a nível de competição. Isso depois de um tempo acabou. Aracaju anda aí meio que apagada no cenário competitivo, tanto em representantes quanto em eventos no nosso estado. Talentos sempre surgem. Como em todo esporte, se você garimpar, sempre vai achar um talento. Então, Aracaju tem seus talentos, mas como não tem incentivo… Como é o menor estado, as empresas relutam bastante em querer apoiar e, com isso, os atletas vão seguir suas carreiras, vão estudar e trabalhar e acabam deixando o esporte só como um hobby.


Arquivo pessoal: O surfista Robson Fraga aponta que a falta de incentivo faz com que os atletas deixem a prática do surfe apenas como um hobby

EC: A crítica especializada te considera um dos maiores (se não o maior) surfistas do estado. Você concorda com o título?


RF: Eu não me considero o maior surfista [do estado], me considero o maior competidor. Tanto que eu tenho grandes títulos, tenho cinco títulos nacionais, tenho 11 títulos em águas baianas, tenho 14 títulos sergipanos, tenho 6 títulos alagoanos, sou bicampeão nordestino, já participei de eventos internacionais. Então, não me considero o maior surfista, e sim, o maior competidor que Sergipe já teve em relação aos meus títulos. Sou o cara que tem título tanto na pranchinha, no pranchão e no stand-up, mas foi no pranchão que eu comecei a deslanchar e a levar o nome de Sergipe para fora do estado, para o alto dos pódios do Brasil. Tanto que eu tenho finais em [quase] todas as praias do litoral brasileiro, tirando [aquelas do] Maranhão e Piauí que eu não participei de eventos. Mas do Rio Grande do Sul até o Ceará, eu tenho um troféu aqui na minha galeria. Mas eu fico muito satisfeito em saber que eles [a crítica especializada] acham isso [que é considerado um dos maiores do estado]. É muito gratificante saber que o seu trabalho está sendo valorizado e reconhecido. Tanto que eu consegui apoios [dos governos] do estado e do município, consegui apoios fora do estado também. E saber que o trabalho está sendo valorizado… Lógico que se eu fosse, se eu conseguisse ser atleta de verdade, assim, viver do esporte, poderia ser que eu representasse muito mais, poderia ser que eu conseguisse levar Aracaju ao nível mundial, mas Deus sabe o que faz e a gente sabe onde pode alcançar e tenta fazer da melhor forma possível.


EC: O surfe estreou nas Olimpíadas e o Brasil conquistou um ouro na modalidade masculina. Você acompanhou a competição? Como foi o momento? Você acredita que essa inclusão do esporte na maior competição do mundo vai ajudar a difundir a prática do surfe ao nível nacional e mundial?


RF: Acompanhei a final, fiquei ali ligadinho assistindo todos os detalhes e todos os momentos. Teve aquele fato inusitado com o Gabriel Medina, onde ele foi prejudicado [com notas subjetivas na disputa pelo terceiro lugar da competição], mas o Ítalo [Ferreira] conseguiu esse feito inédito, ganhar o primeiro ouro do surfe na primeira participação dele nas Olimpíadas. Acho que esse feito foi fenomenal para o reconhecimento do esporte que sofre tanto preconceito ainda, mas que está quebrando essas barreiras... E o Ítalo Ferreira acabou de fazer isso, ganhando essa primeira medalha olímpica. O Brasil já domina o circuito mundial. Os três primeiros colocados do ranking neste ano são brasileiros [Gabriel Medina, Ítalo Ferreira e Filipe Toledo], já temos quatro títulos de brasileiros com três surfistas, Gabriel Medina tem dois*, o Ítalo Ferreira tem um e o Adriano de Souza também. E, provavelmente, vamos ter outro título agora, que deve ser decidido amanhã**. Então, foi bastante importante para tirar essa visão que apenas o futebol é o esporte do Brasil, e que o surfe, entre outros esportes, são praticados e têm brasileiros desempenhando da melhor forma possível.

* A entrevista de Robson Fraga foi concedida ao Contexto antes da conquista do terceiro título mundial por parte do Gabriel Medina, que aconteceu no dia 14 de setembro.

** O entrevistado acertou na previsão e agora são cinco títulos mundiais conquistados por surfistas brasileiros.


EC: Qual o conselho que você dá para quem está interessado em começar a praticar o surfe?


RF: [Para] Você que está pretendendo praticar o surfe, o esporte é fenomenal. Eu posso dizer que não tem esporte melhor, porque uma onda nunca é igual a outra, então sempre vai ter prazer, sempre vai ter esse desafio. Você pegou uma onda, a outra que você pegar vai ser melhor ou pior, então você vai estar sempre batalhando para pegar a sua melhor onda e sempre estar buscando a onda perfeita, que é o sonho de todo surfista. E que você faça a escolha certa, procure uma pessoa capacitada para começar a pegar aula, porque você vai economizar bastante tempo e dinheiro também, porque [quando] você acaba indo sozinho, você pode se frustrar, pode se machucar. O surfe como qualquer outro esporte radical, como já leva o nome, requer riscos, então você pode estar se machucando, se lesionando, até se traumatizando. Então, procurando uma escolinha, você vai aprender da melhor forma possível. E não desista dos seus sonhos. Eu como surfista, não desisti do meu… Eu tinha essa pretensão, quando comecei a surfar, de ser campeão sergipano e, hoje em dia, consegui ser campeão brasileiro. Eu não desisti. Sou um dos únicos surfistas que mora longe da praia, moro no [bairro] Santo Antônio, mas isso nunca me deixou abalar. Já morei em Santa Catarina por um ano, através do esporte. Voltei para Aracaju e consigo desempenhar o meu trabalho e o esporte, em conjunto. Eu acho que faz com que a gente tenha disciplina e consiga levar as coisas da melhor forma.


Por: Ana Julia Oliveira, Juliana de Jesus Santana e Waldênnia Soares Teles


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