No mês alusivo ao Dia dos Povos Indígenas, temática ganha acervo permanente
Por Elaine Olimpio
Roda de conversa “ O lugar dos povos originários no mundo contemporâneo”
O Museu da Gente Sergipana inaugurou, no dia 29 de abril, o espaço Saberes dos Povos Originários de Sergipe. O evento de inauguração contou com roda de conversa com alguns representantes de populações indígenas originárias de Sergipe, estudantes, professores e pesquisadores.
Na roda de conversa foram discutidas questões como a visibilidade e o protagonismo das populações indígenas. “O Sergipano tem a marca indígena. Esta é uma oportunidade para resgatar as lutas, levantar as pautas indígenas e a nossa identidade", afirma Vaneide Dias, descendente de Tupinambá, que participou do evento.
Apresentação do ritual Roda do Toré
João Vitor Gomes é indígena do estado de Pernambuco. Ele participou do evento e reforçou a importância de Sergipe discutir o tema e abrir uma exposição permanente. "É bastante oportuno para lembrar-se da resistência indígena e que as vozes de seus saberes devem ecoar livremente. Não somos uma história do passado”, pontuou.
Durante o encontro, a assessoria do museu destacou para os participantes que a ocasião representa um marco importante para inserção das comunidades indígenas de Sergipe no museu e em sua homenagem.
Ao final, houve a apresentação da Roda do Toré, ritual típico da população indígena Fulkaxó, do município de Pacatuba. Durante a apresentação, os Fulkaxó comemoram não só o destaque no museu, mas também sobre a vitória unânime que eles tiveram sobre o julgamento recente da concessão da demarcação de suas terras. Eles se reconhecem como descendentes das etnias Kariri, Xocó e Fulniô. Com a conquista, terão maiores possibilidades de manterem as suas tradições.
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