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Jogos eletrônicos versus sedentarismo durante a pandemia: existe mesmo essa contradição?

Atualizado: 8 de nov. de 2021

O número de gamers têm crescido exponencialmente no Brasil nos últimos anos, e teve um maior aumento em 2020, devido ao isolamento gerado pela pandemia da covid-19. Durante a quarentena, o quantitativo de consumidores de jogos eletrônicos cresceu 7,1% em relação ao ano passado, totalizando 67 milhões de jogadores, segundo pesquisa do Brasil Game Show (BGS) e do Instituto Datafolha.


Reprodução / Pexels: Especialistas alegam que o sedentarismo desta nova geração está ligado à tecnologia


Dentro de casa, smartphone, videogame e computadores passaram a ser mais atraentes do que fazer atividades físicas. Além disso, coisas simples começaram a ficar tremendamente difíceis, como ter uma vida regrada durante o isolamento, o que gerou uma rotina sedentária entre a população, principalmente entre os jovens.


Exercitar-se é uma tarefa crucial para quem busca manter uma vida saudável, ainda mais para aqueles que tendem a passar muito tempo sentados, com movimentos repetitivos ou que vivem em uma rotina estressante.


Segundo um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 70% dos brasileiros de 16 a 17 anos ficam mais de 4 horas por dia em frente ao computador, tablet ou celular, além do tempo em aulas online, durante a pandemia. A pesquisa também aponta que "o percentual de jovens que não faziam 60 minutos de atividade física em nenhum dia da semana antes da pandemia era de 20,9%, e passou a ser de 43,4%”.


O doutor e professor do Departamento de Esportes da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e coordenador do Laboratório do Treinamento na Musculação da instituição, Fernando Vitor Lima, relata que profissionais de educação física alertam para o aparecimento de jovens e as crianças com redução das capacidades físicas e déficits motores básicos, nas aulas. Segundo eles, o principal fator disso pode ser a falta de exercícios físicos.


O especialista ainda alega que o sedentarismo desta nova geração está ligado à tecnologia. Para ele, a solução seria o incentivo dos pais para que os jovens se tornem fisicamente ativos e tenham uma vida mais saudável.


Já entre os adultos, uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) revelou que 40% dos adultos não são suficientemente ativos, ou seja, não pratica nenhuma atividade física ou realiza menos de 150 minutos por semana de exercícios.


Estes dados escancaram como é quase impossível pensar em jovens e sedentarismo e não associá-los a jogos e videogames. Apesar disto, buscar uma vida menos sedentária não é o fim do mundo e nem a coisa mais difícil. Com o auxílio de um profissional de educação física, ou até mesmo por incentivo próprio, a população pode encaixar as atividades dentro da rotina, sem deixar de fazer nem um e nem outro.



Por: Fernanda Souto


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