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Inglês sem Fronteiras na UFS sofre redução nas ofertas

Atualizado: 17 de jul. de 2019

Com a suspensão dos investimentos do MEC, Núcleo de Línguas recorre aos recursos internos para manutenção dos cursos presenciais.

Com a decisão do Ministério da Educação de não abrir novas ofertas do Programa Idiomas sem Fronteiras, os cursos na UFS agora se mantêm com as verbas do Piaex (Programa Institucional de Apoio à Extensão). Coordenadores de todo o país foram a Brasília em junho discutir a suspensão. As ofertas caíram de 18 turmas para 6 em agosto após os cortes. Os próximos cursos presenciais serão realizados de 29 de julho a 24 de agosto e as inscrições podem ser feitas até às 12h do dia 18 de julho.


O Núcleo de Línguas (Nucli), frente à preocupação pela permanência das ofertas, criou a campanha com #FicaIsF nas redes sociais. Em posts, alunos do Programa contaram sobre o contato com as aulas, além de reforçarem a necessidade do Inglês sem Fronteiras para a universidade.


É através dele que as universidade públicas ampliam seu processo de internacionalização. Estudantes e técnico-administrativos são os principais beneficiários que também contam com o Test of English as a Foreign Language (Toefl) e o My English Online (Meo). A capacitação prepara melhor os alunos aos programas de pós-graduação, que requerem fluência do inglês, e no convívio deles com outras culturas.


Depoimento de uma ex-integrante do programa (fonte: internet)

 

Os English teaching assistants (Etas), como são chamados os professores norte-americanos do Programa Fulbright, trabalham em conjunto com o Inglês sem Fronteiras. Além dos cursos que ofertam em inglês, eles recebem aulas em português dos membros do Nucli. Durante os nove meses que ficam no país, os professores também recorrem ao Idiomas sem Fronteiras como subsídio para a capacitação.


Professores bolsistas do Fulbright (fonte: Internet)

O Nucli, mesmo com as limitações causadas com o reajuste, se mantém confiante. “As bolsas do Piaex possibilitam manter as vagas dos professores bolsistas que já atuam. O Programa vai continuar forte e aguardamos conseguir no futuro novas formas de financiamento para que ele retorne à ampliação”, conta Elaine Santos, coordenadora do Nucli.


Elaine avalia que a volta dos recursos destinados ao Programa é crucial.

“O contingenciamento precisa ser revisto pois o IsF depende de incentivos que chegam do governo federal. Não se tem como pensar a internacionalização nas universidades sem investimentos públicos. O IsF é um Programa que auxilia os futuros professores como laboratório. Como também contribui para capacitação dos estudantes da pós-graduação.”


“No começo eu tinha muito problema com a ansiedade, mas com o Inglês sem Fronteiras melhorei com o preparo das aulas. Com ele percebi que existe

todo um trabalho por trás e que é possível desenvolver métodos de ensino. Não existem muitos cursos de inglês gratuitos, é injusto o corte que sofremos.


Não temos um futuro muito certo, assim os professores que hoje são remunerados podem não ter mais esse incentivo”, conta o professor bolsista, Franklin Correia.


Estudante de graduação, Matheus Pinheiro (foto: Romário Cidrão)
Estudante de graduação, Matheus Pinheiro (foto: Mário Cidrão)

“Com a participação nas aulas, pude ampliar o meu vocabulário e entender melhor artigos acadêmicos, como também acompanhar palestras e ter contato com pessoas de outras nacionalidades, fatores importantes à minha iniciação científica”, relata o estudante Matheus Pinheiro. Para ele, o corte inviabiliza a continuação dos estudantes, “já que sem as bolsas fica inviável a permanência de muitos nos cursos.”



A suspensão do IsF está ligada à lei número 9.741/19 que delibera sobre a programação orçamentária e financeira e estabelece o cronograma mensal de investimentos da União. Mesmo decreto que atingiu o repasse de verbas às universidade públicas em todo o país. Com o corte de 30% na Educação, serviços essenciais de energia, água, telefonia, limpeza, vigilância.

 


 

Produção da disciplina Laboratório de Jornalismo Integrado I - 2019.1

Repórter e fotográfo - Mário Cidrão

Orientação - Professores: Josenildo Guerra, Cristian Góes e Eduardo Leite

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