Orquestra Sinfônica de Sergipe realiza concertos com elementos da cultura pop para cativar o público
A Orquestra Sinfônica de Sergipe apresentou, na última quinta-feira (13), mais uma edição do CineOrquestra com interpretações e originais de peças usadas nas trilhas sonoras de filmes famosos, como “Star Wars” e “Morte em Veneza”. Nesta quarta-feira (19), irão apresentar o seu já tradicional Grande Concerto Junino em conjunto com o grupo Crav&Rosa. O repertório contará com interpretações de músicas nordestinas e locais consagradas, como “Eu só quero um xodó” de Domiguinhos e “Sergipe é o país do forró” de Rogério.
Com cerca de seis espetáculos populares por temporada, a orquestra conta com 64 músicos e 16 tipos de instrumentos. Nas palavras do maestro Guilherme Mannis, o concerto da noite de quinta mesclou “momentos de máxima energia a momentos mais delicados para sempre cativar o público”.
Os eventos mais populares são uma proposta da Orquestra Sinfônica do estado para atrair pessoas que não costumam frequentar este tipo de evento cultural. “A gente tem tentado atingir esse público, fazer um processo de formação de plateia”, diz Guilherme Mannis. A grande preocupação é fazer com que o público não prestigie apenas este tipo de concerto, mas que também tenha interesse em espetáculos com peças clássicas.
Há dois anos e meio na orquestra, o músico Ronald Zaira diz que os concertos clássicos exigem da audiência algum conhecimento prévio sobre as peças. “Mas, nesta temporada, a gente vem tendo um grande público nos concertos clássicos e estamos muito animados com isso”.
O trompetista também nota que as peças populares atingem mais crianças. Uma delas, é a filha de Marília Lenik, Beatriz, que estava ansiosa pelo espetáculo, já que se tratava de filmes que conhecia. A mãe diz que leva as filhas nos concertos para que elas comecem a ter contato com a música clássica e pegue o gosto musical por outros estilos, além daqueles que se escuta em rádio.
Concertos que mesclam elementos da cultura pop não atraem somente as crianças, como prova a estudante de direito Ana Clara Sobral. “Eu fui assistir o espetáculo dos super heróis e foi totalmente incrível!”, conta, sobre a primeira apresentação que compareceu. Pela segunda vez apreciando a orquestra, Ana Clara diz que o espetáculo com trilhas de filmes de heróis foi o que a interessou. “Mas depois vi que eles têm outros trabalhos, comecei a ouvir outros tipos de música que envolviam orquestra, como música clássica, e acabei gostando”.
Presenciar uma orquestra ao vivo desperta sensações que vão além do simplesmente ouvir. “Uma coisa é você assistir um filme e acompanhar as músicas em segundo plano, mas aqui a música é o principal, é ela que te reporta para lembranças”, diz o estudante de violoncelo Rodrigo Coelho. A execução da trilha do filme O Rei Leão, que não estava no programa do concerto, trouxe para o público o despertar das lembranças. “Foi uma surpresa e me lembrou a minha infância, trouxe essa memória afetiva”, conta o jovem.
Produção da disciplina Laboratório de Jornalismo Integrado I - 2019.1
Repórter - Bianca Machado
Fotos - Irllen Sousa e Bianca Machado
Orientação - Professores: Josenildo Guerra, Cristian Góis e Eduardo Leite
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