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Estudo na pandemia: Auxílio tecnológico ajuda, mas não é suficiente

Por Fernanda Souto



Edital do auxílio tecnológico ofertado em Sergipe- Foto: Maria Odília/ Seduc


No dia 14 de março de 2020, foi registrado o primeiro caso de covid-19 em Sergipe e, abruptamente, toda a população precisou se isolar para evitar o contágio pela doença. Na educação, por exemplo, todos ficaram sem aulas presenciais porque professores e instituições foram pegos de surpresa. Mas, logo em seguida, o Ensino à Distância (EaD)/ ensino remoto foi a solução.


Os professores, alunos e demais funcionários das escolas deixaram de ter o contato físico nas salas de aula e passaram a se encontrar em salas virtuais de plataformas de comunicação por vídeo, como o Zoom e o Google Meet. Algo que foi inovador e assustador para a maioria. Isso porque, a rotina fugiu totalmente do comum, assim como as formas de ensinar, ouvir e participar do momento de ensino.


É óbvio que há diversos problemas em torno do ensino remoto, mas esta foi a única saída para preservar vidas em meio a tantos casos, mortes e internações em decorrência da doença. Para diminuir, mesmo que pouco, o peso da situação, o governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc), ofertou um suporte técnico aos professores com auxílio tecnológico.


Dentro de casa, foi necessário usar os celulares ou notebooks para poder ter acesso às aulas. Com o tempo, os aparelhos foram desgastados e deixaram de suprir as necessidades. Ou até mesmo, em alguns casos, principalmente entre os alunos, os aparatos tecnológicos eram inexistentes ou insuficientes.


Com o auxílio, pelo menos os professores da rede pública receberam o valor de R$ 5 mil mais pacote de dados mensais de R$ 70 para a aquisição de equipamentos novos de informática e dispositivos móveis. Ao site, a Seduc informou que 5.700 docentes foram contemplados, o equivalente a 85% do total de educadores da rede estadual.


O professor de Língua Portuguesa Gustavo Aragão do Colégio Estadual Barão De Mauá, localizado na Zona Sul de Aracaju, foi um dos docentes que receberam o auxílio tecnológico. Segundo o profissional, o valor é justo de acordo com suas necessidades. “Foi um valor justo que nos oportunizou a adquirir um notebook de qualidade e outros recursos que serviram para o desenvolvimento das nossas atividades laborais no âmbito doméstico”, disse.


Ainda de acordo com Gustavo, o subsídio lhe foi entregue há cerca de um mês, quase dois anos após o início da pandemia. “Poderia ter vindo um pouco antes né, mas que bom que veio, pelo menos a gente teve essa oportunidade de adquirir esses recursos que, para nós, são muito importantes para o desenvolvimento das nossas atividades como professores”, afirmou.


Para o docente, a demora foi justificada pelo fato da esfera estatal precisar de uma lei que autorizasse a concessão da verba para o auxílio. De acordo com a Seduc, como foi um investimento alto, de mais de R$ 47 milhões, o projeto precisou passar pela Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) para que fosse aprovado.


Ainda de acordo com a pasta, não há previsão de mais auxílio do tipo, visto que as aulas retornaram presencialmente, com o modelo híbrido. “A Seduc lançou uma portaria descrevendo todas as etapas da adesão até a prestação de contas além de descrever cada item que poderia ser adquirido”, detalhou.


Apesar da ajuda, os docentes precisam mais do que um auxílio tecnológico, visto que, diante da pandemia, problemas financeiros, psicológicos e familiares foram agravados durante este período anormal. O que escancara a necessidade das autoridades estaduais, bem como do governador e deputados, buscarem formas de auxiliar todos os profissionais de ensino, incluindo os alunos, nos quesitos citados.






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