A 12ª edição do Cine CALLES aborda a temática de autismo e síndrome de Down
- Portal Contexto
- 29 de jul. de 2019
- 3 min de leitura
Atualizado: 5 de ago. de 2019
Exibição de filmes traz produção norte-americana, espanhola e francesa, nos dias 29, 30 e 1 de agosto

O filme norte-americano Temple Grandim abre a 12ª. edição do Cine Calles, que começa hoje, 29, segue amanhã e termina na quinta, sempre às 14h no auditório de Letras. O ciclo de julho discutirá a temática de autismo e síndrome de Down em três obras cinematográficas. Completam a mostra o filme espanhol “O farol das orcas” e o francês Les diables.
O cineclube é promovido pelo Centro Acadêmico Livre de Letras Estrangeiras (Calles) e coordenado pelo professor de Libras, Fernando de Mendonça. A criação do Cine Calles tem como objetivo apresentar ao público obras audiovisuais não prestigiadas pela academia e a discussão sobre temas específicos por meio das línguas: inglês, espanhol e francês.
Segundo Derick Cavalcante, discente de Letras Inglês e coordenador geral do Calles, o público varia entre os assíduos e os novos que chegam a cada período. Além disso, ressalta que a mediação das exibições e a escolha das temáticas são feitas a partir dos ministrantes, discentes representativos do curso de Letras Inglês, Espanhol e Francês. E tem como finalidade a discussão desde questões sociais a linguísticas.
Os filmes são baseados em histórias reais e discutem sobre autismo e síndrome de Down, uma oportunidade para sensibilizar as pessoas diante das dificuldades referentes ao desenvolvimento da aprendizagem e ao comportamento, como por exemplo a interação social. Cada pessoa apresenta características próprias, e o cinema contribui para revelar histórias emocionantes que abordam perfis revolucionários. As inscrições via SIGAA já se encerraram, mas podem ser realizadas presencialmente. Para obter certificado pela ação de extensão é necessário a presença mínima de dois dias.

AGENDA DO CINE CALLES - EDIÇÃO DE JULHO
29 de julho (segunda-feira) às 14h no auditório de Letras
De acordo com a programação, o primeiro filme, Temple Grandim, trata de uma biografia dirigida por Mick Jackson, lançada em 2010, baseada nos livros Emergence e Thinking in Pictures de Temple Grandin, e inspirada na própria história da protagonista representada por Claire Danes. A obra biográfica revela a vida de uma mulher com autismo, que foi capaz de revolucionar as práticas do tratamento de animais em fazendas e abatedouros. A trajetória de sucesso da jovem começa através da sua convivência na fazenda da tia, tendo o primeiro contato com animais, considerados fundamentais para a sua transformação.
A integração entre campo e animais a fez observar com mais detalhes a criação dos gados, desde a alimentação ao abate. A jaula que prende os bovinos a inspirou na construção de um aparelho para se sentir protegida nos momentos de angústia, nos frequentes ataques de pânico. Incentivada pela mãe Eustácia, Temple teve uma educação formal e foi instigada a prosseguir até a universidade pelo professor de Ciências, e como consequência da sensibilidade, habilidade e inteligência aguçada, acaba criando uma técnica que revoluciona a indústria agropecuária dos Estados Unidos.
30 de julho (terça-feira) às 14h no auditório de Letras
No dia 30, ocorre no mesmo horário a exibição do filme espanhol “O farol das orcas”, dirigido por Gerardo Olivares em 2016 e ambientado no norte da Patagônia argentina. O filme faz parte de uma trilogia conduzida pela relação entre humanos e animais, mais uma vez um jovem com autismo, Tristán (Joaquín Rapalini) tem estímulos através da relação com baleias assassinas. O menino de onze anos acaba recebendo ajuda de um salva-vidas que trabalha na costa da Patagônia argentina, após a luta da mãe Lola (Maribel Verdú) ao buscar melhorar o status da patologia do filho.
1 de agosto (quinta-feira) às 14h no auditório de Letras
A produção cinematográfica francesa Les Diables marca o último dia do cineclube. A obra dirigida por Christophe Ruggia, produzida em 2002, conta a história dos irmãos órfãos Joseph (Vincent Rottiers) e Chloé (Adèle Haenel), uma menina autista e seu irmão, na luta pela sobrevivência sem os pais. O drama envolve a busca pelo encontro da família, fugas incessantes de autoridades, polícia, depressão e instalação psiquiatra
Produção da disciplina Laboratório de Jornalismo Integrado I - 2019.1
Reportagem e Fotografia - Francielle Nonato
Orientação - Professores: Josenildo Guerra, Cristian Góis e Eduardo Leite
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