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Comércio em Nossa Senhora do Socorro passa por processo de modernização

Atualizado: 29 de out.

Por: Laiza Martins e Victor Gabriel

 

© VICTOR GABRIEL / CONTEXTO


Lojas cheias de clientes, vendedores num vai e vem frenético. Esse é o cotidiano nas ruas com maior concentração de estabelecimentos comerciais em Nossa Senhora do Socorro. A cidade conta com um forte meio comercial, distribuído de modo pluralizado pelo município, que vai de estabelecimentos do centro até a sede administrativa da cidade. No centro, existem diversas lojas e empresas que atraem os consumidores da região. 


Nossa Senhora do Socorro, localizado na Região Metropolitana de Aracaju, município com aproximadamente 192.330 pessoas residentes na cidade, de acordo com o censo de 2022 do IBGE, que aponta uma diferença de 19,59% com relação ao censo de 2010 no tocante à população. O comércio em Nossa Senhora do Socorro tem experimentado um crescimento significativo nos últimos anos, impactando diretamente o Produto Interno Bruto (PIB) local e a criação de postos de trabalho, como demonstra o Data MPE Brasil, do Sebrae, com um número de 5.310 pessoas empregadas através do comércio no município em 2022.


Com um centro comercial movimentado, cheio de gente realizando suas compras, indo ao médico, comendo em restaurantes e até mesmo andando ao ar livre pelas ruas que englobam o conglomerado de empresas e lojas presentes em Socorro, com isso a cidade apresenta muito potencial para crescer ainda mais, a partir da modernização do que já existe e inovações em transporte para o livre acesso.


De acordo com o Presidente do Sindicato dos Comerciários de Nossa Senhora do Socorro, Alfredo Sousa, que está no ramo há mais de 35 anos, o comércio em Socorro, antes de toda a modernização com o surgimento atual das lojas, empresas, supermercados e até mesmo um Shopping Center, se resumia bastante nas feiras que aconteciam no conjunto João Alves. Apenas após os anos 90, começaram a chegar empresas do ramo automotivo, restaurantes e empresas nacionais e internacionais, que dinamizaram a atividade econômica local.


Empregabilidade e Modernização


Nos últimos cinco anos, o PIB Per Capita de Nossa Senhora do Socorro atingiu 17.219,66R$ em 2021, de acordo com o IBGE, um índice consideravelmente acima da média nacional, que ficou em 2,8%, em 2024, de acordo com o IBGE. Esse crescimento é impulsionado principalmente pelo aumento do comércio, que se consolidou como um dos principais motores da economia local. Segundo Sousa, a diversificação dos serviços e o aumento do número de estabelecimentos comerciais foram cruciais para esse desenvolvimento, refletindo uma mudança no perfil econômico da cidade.


A expansão do comércio gerou uma avalanche de novas oportunidades de emprego. De acordo com dados do Ministério da Economia, o município registrou um aumento de aproximadamente 15% na oferta de vagas formais nos últimos três anos. Esse crescimento é visível em setores como varejo, serviços de alimentação e comércio eletrônico, que se tornaram fundamentais para a absorção de mão de obra local. As novas contratações têm contribuído para a redução das taxas de desemprego, que diminuíram de 2018 até 2022, ano em que o Data MPE Brasil realizou a pesquisa.


A modernização do comércio local é outra característica marcante desse crescimento. Muitos comerciantes têm adotado tecnologias digitais para ampliar seu alcance e melhorar a experiência do cliente. Como Adailton Menezes, vendedor de produtos eletrônicos há cerca de 6 meses na cidade, que passou a utilizar as redes sociais como mais uma alternativa para vender, que tornaram-se ferramentas fundamentais para os negócios.


O uso das tecnologias digitais faz com que ele se conecte a um público mais amplo, e com que as vendas fiquem mais acessíveis. “Tudo está evoluindo, a tecnologia, pode ficar mais acessível para as pessoas. Porque a maioria das nossas vendas acontecem de forma online”, reitera Adailton. Essa transformação digital é um reflexo das tendências globais, mas também uma resposta à demanda por conveniência e inovação por parte dos consumidores.


© VICTOR GABRIEL / CONTEXTO

Loja do senhor Adailton no centro de Socorro


Desde grandes redes de varejo, até pequenos negócios familiares, como o Empório de Frutas, de Florisvaldo Almeida, a variedade de opções atrai consumidores de diferentes perfis e faixas de renda. Essa pluralidade ajuda a criar um ambiente competitivo, onde a qualidade dos produtos e serviços tende a aumentar, beneficiando os consumidores e estimulando a fidelização.


Um dos fatores principais que permitiram esse crescimento foi o surgimento do primeiro shopping center, da região metropolitana, o Shopping Prêmio, construído em 1º de outubro de 2011 e situado no bairro Marcos Freire 1.


De acordo com Alfredo Sousa, o shopping permitiu que diversas empresas de setores variados fossem inseridas na economia da cidade. O Secretário de Indústria e Comércio de Socorro, Alessandro Santos, também cita o impacto do Shopping para a geração positiva de empregos, com a inserção de novas vagas no meio empregatício para a população socorrense “Mais de duzentos empregos diretos. Atraiu novas empresas para o município, o que gerou novos postos de trabalho para o socorrense”.


© VICTOR GABRIEL / CONTEXTO

Praça de alimentação do Shopping Prêmio, no bairro Marcos Freire 1


Desafios e Soluções


Entretanto, esse crescimento comercial também apresenta desafios. A concorrência acirrada exige que os empreendedores estejam constantemente se reinventando e buscando novas formas de se destacar no mercado. A colaboração entre o poder público e a iniciativa privada tem sido fundamental para o crescimento do comércio local.


A realização de eventos, como feiras e festivais, a exemplo do Forró Siri, festa junina  tradicional na cidade, visa promover os produtos locais e estimular a economia. Esses eventos não apenas atraem visitantes de outras cidades, mas também fortalecem a identidade cultural e o senso de comunidade, contribuindo para um ambiente favorável ao comércio.


Contudo, apesar dos esforços conjuntos para garantir boa participação da população e dos comerciantes no comércio, os vendedores e consumidores ainda enxergam dificuldades. Além das feiras livres e dos vendedores independentes, que compõem um cenário difícil para a realidade local, como nos conta Florisvaldo Almeida, dono de um empório de frutas: “Vejo poucas mudanças, era para ser bem melhor e infelizmente não é. Poderia melhorar com algo muito simples como um estacionamento para as pessoas acessarem melhor o comércio”.


Os moradores de Nossa Senhora do Socorro têm percebido as mudanças e as oportunidades que o crescimento do comércio trouxe. Muitas famílias agora contam com uma fonte de renda adicional, e o aumento do emprego formal tem impactado positivamente a economia doméstica. 


Como pontua Sérgio, comerciante em Socorro há mais de 8 anos, que diz que essas mudanças trazem mais incentivo para os comerciantes e que sua principal fonte de renda vem das vendas que realiza. A melhoria nas condições de vida reflete um esforço conjunto de empreendedores, trabalhadores e do poder público, que buscam construir um futuro próspero para a cidade.


 

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