Com diversidade, competitividade e muito colorido, 36 quadrilhas participaram da disputa
O Complexo Cultural Gonzagão recebeu, em junho, mais um concurso de quadrilhas juninas em Sergipe. Realizado pelo Governo do Estado em parceria com a Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap), o evento promoveu o incentivo a essa manifestação tão popular no Nordeste.
Localizado no bairro Farolândia, em Aracaju, o espaço recebe há anos o Encontro Nordestino de Cultura, que leva lazer e cultura de forma gratuita à comunidade. Com um total de 36 quadrilhas inscritas, o concurso abrange não só grupos da capital, como também do interior do estado, com diversidade e competitividade entre os quadrilheiros.
A coordenadora do Gonzagão, Rosângela Santana, que assumiu a gestão do espaço esse ano, ressaltou a importância do concurso no cenário sergipano. "Desde a inauguração, realizamos o concurso de quadrilhas, dentre outras funções, mantém a cultura nordestina viva, a cultura das quadrilhas juninas. Elas representam diversos aspectos da nossa vida no Nordeste: o cangaço, a seca, a forma como o homem nordestino se comporta, se veste, ama. Tudo isso a gente vê representado no enredo dos grupos".
A visibilidade do evento é de grande importância para as quadrilhas juninas que trabalham durante muito tempo na elaboração do tema, do vestuário e da coreografia, como destaca Abel Wesley, estilista e coreógrafo do grupo Meu Sertão, da cidade de Riachuelo. “É preciso sempre valorizar e resgatar a cultura, a cultura é raiz, a cultura é a nossa história. Por isso parabenizo este trabalho de resgate, de trazer concursos para valorizar a quadrilha junina que é tão querida em Sergipe”.
O professor Cleberton Oliveira prestigiou uma das eliminatórias e demonstrou entusiasmo com as apresentações. "O espaço está bem interessante, tudo bem decorado com a temática junina, estou gostando bastante”.
A animação do público contagiou os competidores, que durante o período junino, se apresentam em diversos pontos do estado. Mara Oliveira, quadrilheira do grupo Rosa dos Ventos de Aracaju, fala sobre como consegue fôlego para participar das competições.
"É gostar de São João, é gostar da folia, então isso é o que importa quando a gente coloca esse vestido. Falo por mim, é alegria total, transformação, e esqueço de tudo. É dançar para extravasar”.
Produção da disciplina Oficina de Textos Jornalísticos - 2019.1
Reportagem - Dhenef Andrade, Elaine Olimpio e Maiara Ellen
Orientação - Professor Daniel Brandi
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