Existem problemas licitatórios após um ano e dois meses da inauguração
A Didática VII da Universidade Federal de Sergipe (UFS) foi inaugurada há pouco mais de um ano, no dia 4 de junho de 2018, mas ainda não está em pleno funcionamento, o que era previsto para junho de 2019. A maior e mais recente didática do campus de São Cristóvão comporta parcialmente atividades do Departamento de Música, eventos estudantis e defesas de teses e dissertações.
A demora na liberação dos recursos pelo Governo Federal e problemas nos processos licitatórios foram fatores que comprometeram aquisição dos itens necessários à finalização da obra, como o cabeamento de rede e a realização de intervenções elétricas.
O planejamento das instalações das unidades e o funcionamento de certas ações não foi cumprido nem atualizado por consequência de problemas acumalativos e externos ao gerenciamento, segundo Américo Cardoso, superintendente de infraestrutura da UFS.
De acordo com Américo, está em andamento o segundo processo de licitação. O primeiro, iniciado em janeiro de 2019, para a compra de materiais elétricos, não conseguiu suprir 13 itens pela falta de oferta das empresas licitantes, além de outros problemas relacionados à sua tramitação.
O tempo médio entre a abertura do processo licitatório, o seguimento pelas instâncias necessárias e a contratação da empresa é cerca de três meses. /// Tempo que custou maior demora para a resolução da demanda, em especial da didática, como fiações de carga, disjuntores, tomadas, eletrocalhas, entre outros.
O cabeamento de internet, que também depende de licitações em curso, implica no funcionamento de outras ações. Segundo Lucindo Quintans, pró-reitor da Pós-Graduação e Pesquisa, o prédio já possui o serviço de internet Wi-Fi, porém ainda faltam os cabos de rede para conectar os vários espaços. Essa ausência impossibilita a utilização de computadores, impressoras e relógio de ponto, o que inviabiliza transferências das unidades que irão funcionar na nova didática.
“Em relação ao serviço, a empresa já foi licitada, mas não tem contrato assinado. Início de dezembro possivelmente as funções já estarão atendidas no ponto de vista da capacidade da internet”, afirma o pró-reitor de Planejamento Rosalvo Ferreira.
Caso o processo seja concluído com sucesso, isto é, não haja mais nenhum contratempo nas licitações, os materiais que faltam serão adquiridos. No entanto, o fornecimento dos materiais não consiste na realização do serviço imediato, o que deixa a estimativa do pleno funcionamento ainda incerta. “Nesse período de transição de um governo para o outro, ela está sendo finalizada para o pleno funcionamento o quanto antes possível, há um esforço da gestão para o quanto antes todo o prédio esteja sendo utilizado pela comunidade”, declara Lucindo Quintans.
Saiba mais sobre a nova didática
O gerenciamento da didática é compartilhado entre os programas da Pós-graduação e Pesquisa (Posgrap), Departamento de Música (DMU) e Observatório Social. Segundo Lucindo, a estrutura voltada para a coletividade tem como objetivo gerar uma reflexão institucional e integrar a interdisciplinaridade das áreas de pesquisa às necessidades da comunidade.
O investimento de aproximadamente R$ 26 milhões de reais resultou na estrutura que comporta pouco mais de três mil pessoas, com seis pavimentos (cinco andares), 45 salas de aula climatizadas e sob nova demanda mais 4 estão aguardando instalação de ares-condicionados, 5 auditórios para a Posgrap, sendo um com capacidade para 204 pessoas, 3 salas especiais com tratamento acústico e 4 cabines individuais para ensaio do DMU, além de copas, elevadores e área de convivência ajardinada.
A Posgrap ocupa a maior parte das dependências do prédio, envolvendo a administração de suas unidades (COPGD; COPES; CINTEC e CORI), salas de aula e auditórios. Atualmente são ofertados pela UFS 74 cursos de pós graduação (stricto sensu) e, cerca de 20 a 25 dos programas irão ocupar a Didática VII, compartilhando a gestão através de uma secretaria construída sob uma lógica moderna, como afirma o pró-reitor da pós-graduação, Lucindo Quintans.
O restante do prédio será ocupado pelo DMU, no primeiro andar, e conta com salas especiais com revestimento acústico, salas de aula e sala de acervo. Já o Observatório Social terá suas atividades no quinto andar com estrutura de oito salas, e visa discutir demandas com a comunidade, incluindo pesquisa e extensão num mesmo espaço que possa beneficiar as áreas do conhecimento.
Produção da disciplina Laboratório de Jornalismo Integrado I - 2019.1
Repórter - Francielle Nonato
Orientação - Professores: Josenildo Guerra, Cristian Góis e Eduardo Leite
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