A diferença entre colégios públicos e cursos pré-universitários pode ser enorme e fazer grande diferença para quem se prepara para a universidade
Para os alunos que vão prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) este ano, com o primeiro semestre do ano letivo prestes a acabar, colégios e cursos pré-universitários se prepararam para o período de revisão, com muita tensão por parte dos alunos. Por outro lado, os profissionais da área da educação mostram os desafios e dificuldades para o tão esperado exame, que ocorrerá em novembro. É notável que essas diferenças e dificuldades ficam ainda maiores quando comparamos o ambiente e ensino de colégios públicos e cursos pré-universitários particulares.
Para a diretora e professora do curso FIQ, Helena Bonaparte, os alunos chegam com traumas antigos que precisam ser corrigidos antes da prova, “Falar do Enem é também falar das lacunas que terão que ser sanadas. A fragilidade e a insegurança do aluno vêm justamente do fato de o aluno olhar para a prova e acreditar que não é capaz de respondê-la. E dar capacidade e segurança para o aluno é o que faz toda a diferença” conta a educadora.
No colégio estadual Dom Luciano, a professora de inglês Ana Cecília Nascimento explica que uma das maiores dificuldades para os alunos é conseguir controlar o lado emocional, ao mesmo tempo em que mantêm os conteúdos em dia. Para isso, o colégio tem um ensino em horário integral, que conta com aulas extras que ajudam o aluno a entender melhor a prova, assim como melhorar o seu psicológico para o dia do exame. A escola conta com disciplinas como Plano de vida e Pós-médio.
“Trabalhamos todo o edital do Enem, como é a prova, como funcionam os pesos, como se preparar para a redação. A gente faz aulas mostrando como ele deve estar preparado para o dia do Enem”, mostra.
Para os professores, lidar com isso é um grande desafio. E ao falarmos com os alunos, notamos uma pressão ainda maior que vem dos três pilares, de acordo com a educadora Helena: a família, o próprio aluno e a instituição.
Isadora e Juliana, irmãs e alunas do curso FIQ, contam que é difícil lidar com a pressão, mas não pretendem desistir do sonho de cursar Medicina. “Se você sonha em ser uma bióloga, um jornalista ou uma médica, você tem que insistir nisso. Se você não conseguir ser aquilo que você quer, você será uma pessoa frustrada. Por isso estou tentando há três anos e só vou parar quando conseguir”, desabafa a aluna Juliana.
Produção da disciplina Oficina de Textos Jornalísticos - 2019.1
Reportagem - Alana Felix, Fernando Matias, Gabriela Trindade e Luana Sganzerla
Orientação: Professor Daniel Brandi
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