Por Bárbara Janaína Ramos e Josino Tavares dos Santos Neto
26 de setembro
Foto: Bárbara Ramos
O aquecimento global e as mudanças climáticas, provocadas pela ação destrutiva do ser humano contra a natureza, estão ocasionando profundas consequências no mundo. No Brasil, eventos recentes, a exemplo da pior seca da história do país, das fortes enchentes no Rio Grande do Sul e além também do grande número de queimadas pelo país no ano de 2024, trazem evidentes consequências do aumento das temperaturas e da destruição da natureza. A temática sobre a agenda climática e o combate ao aquecimento global é uma questão que tem sido cobrada dos candidatos e candidatas às prefeituras municipais neste ano.
As ações das prefeituras podem influenciar nas mudanças climáticas das cidades. Afinal, as prefeituras são responsáveis em algumas ações ambientais, como a plantação e derrubada de árvores, a coleta dos resíduos sólidos e a preservação de parques e áreas de preservação ambiental, que são necessárias para proteger o meio ambiente e a população de desastres climáticos. Essas responsabilidades têm como base os artigos 23 e 225 da Constituição Federal que prevê a atribuição do município em proteger e preservar a natureza com o objetivo de promover o equilíbrio ambiental para atuais e futuras gerações e além de estruturar o órgão ambiental municipal.
Foto: Amauri Lima
O professor de geografia Diego Barreto destaca que o maior papel dos candidatos nessa eleição é entender que a mudança climática é uma realidade, e a agenda de defesa ao meio ambiente pode ser um diferencial para os futuros prefeitos e vereadores. O geógrafo ainda exemplificou pontos que seriam necessários ressaltar nos debates entre candidatos. Ele também exemplifica os temas que considera necessário no debate dos candidatos: “a utilização de novas fontes de energia, substituição da queima de combustíveis fósseis, além de um investimento em transporte público, para diminuir os transportes individuais”.
Barreto comentou ainda sobre como as mudanças de temperatura podem influenciar diretamente no período de campanha, já que a eleição ocorre em um período naturalmente mais quente. As mudanças climáticas atuais, entre elas ondas de calor extremo no país, podem ser utilizadas pelos políticos como plataforma de campanha no geral. Ele ressaltou que a conscientização da população deve ser o foco dos futuros eleitos do município. “Uma educação ambiental, porém, não adianta educar sem viabilizar, então é bom ter a coleta seletiva, transporte público de qualidade, investir em meios de transporte alternativos”, afirma o professor.
Ademais é necessário observar as plataformas políticas apresentadas pelos atuais candidatos, já que alguns podem se aproveitar das atuais agendas climáticas sem apresentar de fato propostas efetivas. Sobre o tema, o geógrafo destaca ainda que a internet, é uma ferramenta fundamental para analisar as propostas dos candidatos. “É muito mais fácil fiscalizar e ver se o candidato em que você planeja votar, se ele tem realmente propostas, ou se ele está sendo demagogo” explica o professor. Para concluir a entrevista, Barreto destacou que os candidatos com visões negacionistas, são uma parcela, porém que os eleitores devem sempre estudar e votar pelo que eles têm como verdade relacionada à pauta.
O Contexto Eleições realizou um levantamento dos planos de governo dos candidatos e candidatas das cinco maiores cidades sergipanas em população (Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, Itabaiana, Lagarto e São Cristóvão) para verificar as propostas relacionadas às questões ambientais.
Segue as principais propostas de cada candidato (a):
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